O Centro de Vigilância Sanitária (CVS) de São Paulo confirmou duas mortes por intoxicação causada por metanol desde junho, uma em São Bernardo do Campo e outra na capital. Ao todo, seis casos foram confirmados, e outros dez estão sob investigação por possível ingestão de bebidas alcoólicas contaminadas.
O órgão alerta para que bares, empresas e consumidores verifiquem sempre a procedência das bebidas, priorizando produtos de fabricantes legalizados, com rótulo, lacre de segurança e selo fiscal. A ingestão de bebidas de origem duvidosa pode representar sério risco à saúde.
O metanol é um líquido inflamável e incolor, usado principalmente na indústria, em solventes, combustíveis e produtos químicos. Seu consumo, mesmo em pequenas quantidades, pode ser fatal, e ele não deve ser usado em nenhum produto destinado à ingestão humana.
Diante do aumento de casos em curto período, a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad) emitiu um alerta nacional. Segundo a Senad, o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox) de Campinas notificou nove casos recentes, envolvendo consumo social em bares e festas, com bebidas como gin, vodka e whisky. um cenário inédito para esse tipo de intoxicação, que antes era mais comum entre pessoas em situação de rua.
A Senad reforça que adulterações desse tipo podem causar surtos com múltiplos casos graves e alta letalidade, exigindo atenção imediata das autoridades de saúde.
