Gestão Laane Barros de Piçarra incha a Máquina Pública com 10% da população na folha de pagamento

A pequena cidade de Piçarra, no sul do Pará, vive uma situação alarmante, com apenas 12.832 habitantes, mais de 1.279 pessoas estão na folha de pagamento da prefeitura. O que representa 10% da população total, incluindo crianças e idosos. O número é desproporcional e revela um inchaço severo da máquina pública.

Em apenas seis meses, foram 972 efetivações de servidores, um aumento sem precedentes, que supera os números de municípios com porte muito maior. A responsável pela gestão é a prefeita Laane Barros (MDB), que até o momento não apresentou justificativas claras para as contratações em massa.

A explosão de cargos públicos contrasta com os indicadores sociais da cidade. Em 2023, 2,92% da população vivia em situação de pobreza, e o PIB per capita era de apenas R$ 22.814, abaixo da média do Pará (R$ 32.373) um estado que já enfrenta altos índices de pobreza, com quase metade da população vivendo abaixo da linha da pobreza.

Ou seja, em vez de investir em políticas públicas, infraestrutura ou geração de renda, a gestão de Piçarra parece apostar em contratações que beneficiam uma minoria, gerando suspeitas de aparelhamento da máquina pública e uso político da estrutura administrativa.

Além do inchaço, a prefeitura de Piçarra deixou de divulgar informações essenciais. Desde o final de julho de 2025, o município não publica os dados sobre pagamentos de diárias e valores repassados a empresas terceirizadas no portal da transparência. A omissão fere a Lei de Acesso à Informação e compromete o controle social sobre os gastos públicos.

A ausência desses dados levanta suspeitas sobre possíveis irregularidades, especialmente diante do crescimento acelerado das despesas com pessoal.

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