Sem surpresas Lula indica Jorge Messias, chefe da AGU, para o STF após saída de Barroso

A indicação de Jorge Messias para ocupar a vaga deixada pelo ministro Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou o que já era esperado nos bastidores do governo. Mais do que um nome técnico, a escolha representa um movimento político calculado de Lula, baseado em confiança pessoal, parceria de longa data e também em uma dívida antiga reconhecida pelo presidente.

Segundo aliados do Planalto, Lula sempre viu Messias, atual advogado-geral da União como um dos quadros mais leais de sua gestão. A relação entre os dois se consolidou nos momentos mais críticos da vida política de Lula, especialmente durante a fase de judicialização da Lava Jato, quando Messias foi um defensor constante do discurso de garantias constitucionais.

Essa confiança construída ao longo dos anos foi um dos pilares da decisão. No Palácio do Planalto, a indicação é vista também como um gesto de reconhecimento por parte do presidente.

A escolha de Messias também encerra uma disputa silenciosa em Brasília. O Centrão, que já vinha tentando emplacar nomes para outras indicações relevantes, também cobiçava essa vaga no STF. Lideranças do bloco apostavam em um nome mais alinhado aos interesses partidários, buscando ampliar seu espaço no Judiciário.

A sabatina de Messias no Senado deve ocorrer nas próximas semanas, e não há expectativa de resistência significativa para sua aprovação.

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