A divulgação do atraso no pagamento dos servidores da Educação de Parauapebas gerou forte repercussão nas redes sociais nesta semana. A prefeitura atribuiu o problema à nova Portaria 1052 do FNDE/STN, que determina que os recursos do Fundeb sejam movimentados em uma conta exclusiva, separada da folha geral do município. Segundo a gestão, essa mudança obriga a criação de duas folhas de pagamento, resultando em datas distintas entre os servidores da Educação e os demais funcionários públicos.
O prefeito Aurélio Goiano gravou um vídeo ao lado da secretária de Educação, Maura Paulino, afirmando que o município está apenas cumprindo uma exigência nacional para evitar penalidades.
Contudo, a justificativa não convenceu a maior parte dos trabalhadores da Educação. Nos comentários da publicação do prefeito, diversos servidores classificaram a explicação como “conversa pra boi dormir”, cobrando falta de planejamento, falta de aviso prévio e questionando a prioridade dada à categoria.
A secretária Maura Paulino respondeu nos comentários que o repasse do Fundeb só cai no dia 30. A fala, porém, foi prontamente contestada. Um internauta derick_thsj rebateu de forma direta:
“Não conte mentiras, senhora secretária. O Fundeb, se não me engano, cai três vezes ao mês. A gestão está acabando com a educação. Se faltava uma última pá de terra, vocês conseguiram… parabéns.”
A situação gerou ainda mais tensão após servidores divulgarem que, apenas neste mês, a Secretaria de Educação já recebeu R$ 25.332.265,79 em recursos do Fundeb, valor que coloca em dúvida a necessidade do atraso alegado pela administração.
O episódio aprofunda a crise de imagem enfrentada pela SEMED. Entre professores e demais trabalhadores da rede municipal, o clima é de insatisfação total, marcado por cobranças de valorização profissional e denúncias de má gestão.
Para muitos servidores, a justificativa oficial não passa de mais uma promessa vazia. E, ao que tudo indica, a crise na Educação de Parauapebas acaba de ganhar mais um capítulo desta vez, sob o título escolhido pelo próprio povo: “Conversa pra boi dormir”.



