No coração de Canaã dos Carajás, o aguardado Festival Junino promete ser um dos maiores eventos da região, mas não sem controvérsias. Com um investimento estimado em mais de R$ 15 milhões, a festa visa celebrar a cultura e a tradição junina. Entretanto, o alto custo levanta questões sérias diante de diversos indícios de corrupção na administração municipal.
Enquanto a cidade se prepara para dançar e celebrar, o clima é de descontentamento entre muitos cidadãos e empresários locais, que veem com preocupação o uso de recursos públicos em um evento tão grandioso.
Nos últimos meses, documentos e relatos têm emergido, apontando para supostas irregularidades nas contratações de fornecedores e na execução dos contratos. Denúncias sobre favorecimento de empresas que têm laços diretos com membros da administração municipal não são raras. Embora a administração de Josemira Gadelha afirme que o festival é uma forma de impulsionar o turismo e a economia local, a desconfiança persiste entre a população.
O Festival Junino, enquanto celebra a cultura e as tradições, também serve como um espelho da complexa relação entre festas, dinheiro público e corrupção. Para muitos cidadãos, a ideia de gastar tanto em um evento enquanto questões tão urgentes permanecem sem resposta é, no mínimo, inaceitável.
As despesas impressionam :
Locação de estruturas com montagem e desmontagem: R$ 8.053.343,39
Ornamentação junina: R$ 2.673.432,34
Parque de diversões: R$ 730.499,94
Espetáculo de circo: R$ 475.500,06
Vídeo monitoramento: R$ 507.792,60
Shows de artistas como Avine Vinny, Moleca 100, Vergonha, Viviane Batidão e Mano Walter:
Totalizando quase R$ 1 milhão
Alimentação (almoço, jantar e lanche): R$
992.400,00
Água e gelo: R$ 178.786,00