Às vezes, não dá pra confiar só no que dizem por aí. Porque quando a conversa é sobre economia, opinião não basta é preciso olhar os números. E se tem um indicador que escancara a realidade de um setor, é a geração de empregos.
Em Parauapebas, circula um barulho de que o comércio estaria em crise. Mas basta uma consulta rápida aos dados do Caged para perceber que esse discurso não se sustenta. Só neste início de ano, o setor comercial já contratou 3.067 pessoas. E se somarmos comércio, agropecuária, indústria, construção civil e serviços, o número é ainda mais expressivo: 13.764 empregos formais gerados em 2025.
Pra ter uma noção mais clara, voltamos ao ano passado. Em 2024, de janeiro a abril, a cidade havia contratado 2.993 trabalhadores em todos os setores. Ou seja, em 2025 já ultrapassamos esse número e apenas com o comércio. Difícil falar em crise com esse cenário.
Nossa equipe também foi às ruas para ver de perto. Circulamos por duas das principais avenidas comerciais da cidade a Ipê e a Buriti. Encontramos prédios antes parados voltando à fase de acabamento, lojas sendo montadas a todo vapor e duas mega inaugurações previstas ainda esta semana. Ficamos até a noite na Avenida Ipê e o movimento não para: bares, farmácias enormes, lojas populares e franquias se espalhando.
Descemos até a Avenida D e o cenário se repete: mais inaugurações, vitrines sendo montadas, tapumes sendo retirados. Dá pra sentir que o comércio não está encolhendo está se redesenhando e crescendo.
E se você duvida, basta dar uma olhada no Instagram do prefeito de Parauapebas Aurélio Goiano: é empresário sendo recebido no gabinete para anunciar nova loja na poderosa Avenida Ipê. Até vereador resolveu empreender e inaugurou bar neste fim de semana.
Não dá pra acreditar em crise no comércio de Parauapebas quando o que se vê são portas abrindo, empregos surgindo e uma cidade que parece viver pelo menos nesse setor uma crise… de crescimento.
