Na última terça-feira, 6, o deputado estadual Rodrigo Amorim (União Brasil) protocolou na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) um projeto de lei que propõe a proibição de áreas vips em eventos que sejam realizados em espaços de uso comum nos municípios fluminenses.
O projeto ainda prevê que o não cumprimento da proibição, caso o projeto seja aprovado e se torne lei, poderá ser classificado como improbidade administrativa, acarretando em diversos tipos de sanções.
Um levantamento realizado pelo gabinete de Amorim revelou que no show da cantora americana Lady Gaga, ocorrido no último fim de semana, na Praia de Copacabana, houve um alto número de menções do termo “camarote vip”. Cerca de 70 % tinham tom negativo devido ao fato de os muros da área vip terem comprometido a visão do público que estava na areia da praia. Além disso, a grande extensão da área vip afastava o público do palco em quase 200 metros.
“Nosso levantamento encontrou relatos em fóruns de fãs descrevendo a muralha da área vip como ‘um anel de exclusão’ que impedia a visão lateral a partir da metade da areia”, diz o deputado. “Houve ainda relatos sobre seguranças empurrando quem tentava avançar para a grade divisória. É lamentável usar o espaço público priorizando grupos de privilegiados às custas do mal-estar da população”, acrescentou o deputado.
“No show da cantora Madonna, no ano passado, foi a mesma coisa: apadrinhados comendo e bebendo, muitas vezes às custas do erário, em área vip instalada no bem público, a praia. É preciso dar um basta a isso”, disse Amorim. “O primeiro fã da Lady Gaga não-vip estava a 200 metros do palco. Fazer uma pessoa chegar horas antes para ficar a 200 metros do palco é algo inimaginável. O problema é fazer isso às custas de um bem do povo, que é a praia”, concluiu.
