A Câmara Municipal de Marabá chama atenção da população devido a gastos questionáveis com telefonia celular, provocando críticas sobre a priorização de recursos públicos. O Contrato nº 40/2025, firmado sob a presidência da Casa Legislativa, prevê a aquisição de aparelhos de telefonia celular pelo valor de R$ 82.222,20. A empresa contratada é a J C Martins LTDA (CNPJ 19.438.974/0001-80), com vigência de 12 meses, de 04 de agosto de 2025 a 04 de agosto de 2026, e foi licitado na modalidade Pregão – Registro de Preço.
Segundo o contrato, os aparelhos devem atender “às necessidades da Câmara Municipal de Marabá/PA”, mas o documento não detalha quantos celulares serão adquiridos, seus modelos ou a quem serão destinados. A falta de informações claras levanta questionamentos sobre a real necessidade do investimento, especialmente em um município onde parte da população enfrenta déficits em saúde, transporte e infraestrutura básica.
Especialistas em administração pública ressaltam que compras desse porte devem ser justificadas com base em critérios técnicos e administrativos, detalhando modelos, quantidade, destinação e valor unitário dos produtos, para assegurar transparência e controle social. No caso de Marabá, a falta de dados públicos mais específicos sobre o contrato dificulta a avaliação da pertinência do gasto.
O valor total, de R$ 82.222,20, é considerado elevado para aquisição de aparelhos de telefonia celular, ainda mais quando comparado a preços de mercado de smartphones de padrão médio ou intermediário. Moradores e opositores da Câmara apontam que o investimento poderia ser direcionado para áreas mais urgentes, como melhoria da saúde pública, saneamento e infraestrutura urbana.
O contrato foi realizado através de pregão eletrônico, modalidade que permite registro de preços para futuras aquisições, mas não garame necessariamente economia ou eficiência, caso não haja controle rigoroso sobre os produtos adquiridos. Até o momento, a Câmara não divulgou informações sobre quantidade de aparelhos, marcas ou valores unitários, nem sobre quem irá utilizar os celulares, detalhes que poderiam ajudar a população a entender a necessidade do gasto.



