Justiça autoriza soltura de ex-deputado Wladimir Costa após prisão por violência política de gênero

A Justiça Eleitoral do Pará aceitou nesta quinta-feira (25) o pedido de habeas corpus para a liberação do ex-deputado federal Wladimir Costa, que estava em prisão preventiva desde o dia 18 de abril, por ter cometido violência política de gênero contra a deputada federal Renilce Nicodemos (MDB).

A soltura de Wlad, como é conhecido, foi assinada pelo desembargador José Maria Teixeira do Rosário que determinou o uso de tornozeleira eletrônica para monitoramento do sistema prisional.

Além disso, o ex-deputado deve comparecer, mensalmente, ao juízo da 1ª zona eleitoral para informar e justificar suas atividades.

Na última sexta-feira (19), a justiça havia decidido manter a prisão após audiência de custódia e o advogado de Wlad anunciou que iria recorrer.

Antes de ser preso, a justiça já havia determinado o bloqueio dos perfis de Wladimir, canais e a exclusão de publicações consideradas “depreciativas e ofensivas” contra a deputada Renilce Nicodemos.

Em nota, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) informou que o alvará de soltura já foi recebido e que será cumprido nos termos apresentados.

Crimes e prisão

A prisão preventiva foi cumprida por agentes da Polícia Federal no Aeroporto Internacional de Belém, no momento em que Wlad embarcaria em um voo.

Enquanto era conduzido, o ex-deputado chegou a iniciar uma transmissão de vídeo ao vivo nas redes sociais, mas teve o vídeo encerrado por um dos agentes da PF.

Ex-deputado Waldimir Costa tenta fazer live ao vivo durante prisão no Pará — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Ex-deputado Waldimir Costa tenta fazer live ao vivo durante prisão no Pará — Foto: Reprodução/Redes Sociais

O ex-deputado fez postagens ofensivas e expondo a vida privada da deputada Renilce Nicodemos (MDB-PA) em uma rede social.

Renilce se pronunciou sobre o caso e afirmou, em nota, que “já vinha enfrentando há cerca de seis meses várias práticas de crime cometidas pelo ex-deputado”, como: violência política de gênero, extorsão, injúria, difamação e violência psicológica contra a mulher.

Em janeiro de 2023, o ex-deputado já tinha sido condenado por ofensas divulgadas na internet – na época, contra artistas como Glória Pires e Wagner Moura. A decisão permitiu que ele cumprisse a pena de nove meses em regime aberto.

Fonte: G1 pará

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