Tucuruí, uma cidade localizada no coração da Amazônia, no estado do Pará, enfrenta uma crise hídrica que perplexa seus moradores e turistas. Apesar de estar situada nas margens de um dos maiores lagos do mundo, o Lago de Tucuruí, muitos habitantes da região convivem diariamente com a falta de água nas torneiras e com sérias preocupações acerca da qualidade do recurso hídrico que chega até suas casas.
Relatos de moradores indicam que a falta de água nas torneiras é uma constante na vida cotidiana em Tucuruí. Em muitas áreas da cidade, especialmente nas periferias, o fornecimento de água é irregular e, muitas vezes, inexistente. Os moradores se veem obrigados a buscar alternativas, como a compra de água de empresas privadas ou até mesmo o armazenamento de água da chuva, uma solução improvisada que gera preocupações sobre a potabilidade e segurança da água utilizada.
Além da escassez, a qualidade da água que chega às casas é motivo de preocupação. Moradores afirmam que o tratamento da água é inadequado, resultando em um líquido que muitos consideram impróprio para consumo. O cheiro e a coloração da água levantam sérias dúvidas sobre sua segurança, levando as famílias a custear alternativas para garantir água potável, como filtros e purificadores.
A situação se torna ainda mais alarmante quando se considera a localização privilegiada de Tucuruí. O Lago de Tucuruí, um recurso natural imenso, proporciona um acesso aparentemente abundante à água. No entanto, a gestão deficiente e a falta de infraestrutura adequada são barreiras que dificultam a transformação desse recurso em um benefício para a população. A cidade, que deveria ser um exemplo de como administrar recursos hídricos, se vê presa em um paradoxo: cercada por água, mas sem acesso garantido a este bem tão precioso.



